quinta-feira, 12 de julho de 2018

As Acções Armadas e seus Executantes

Comando Central
(Constituído em Julho de 1970)
Jaime Serra,  Francisco Miguel,  Raimundo Narciso.

Responsáveis directos por infraestruturas

Paiol Central: Francisco Presúncia o (Galiza), a sua mulher Manuela e Francisco Miguel.
Laboratório, garagens, arrecadações: Raimundo Narciso e Maria Machado.




Operações
1-     Cunene (Navio Cargueiro da logística da guerra colonial) – 26-10-1970
Direcção da execução: Raimundo Narciso
Executantes: Gabriel Pedro, Carlos Coutinho.
Apoio à acção: ‑António João Eusébio, António Pedro Ferreira, Manuel Policarpo Guerreiro, Victor d’Almeida d’Eça
Reconhecimento: Jaime Serra, Raimundo Narciso
2-     Escola Técnica da PIDE – 20-11-1971
Direcção de execução: Francisco Miguel
Execução: Carlos Coutinho
Apoio à acção: António João Eusébio
3-     Centro Cultural dos EUA – 20-11-1971
Direcção de execução: Raimundo Narciso
Execução: «Romeu»
4-   Material de guerra no Cais da Fundição (para a guerra colonial)  – 20-11-1971
Direcção de execução: Raimundo Narciso
Execução: António Pedro Ferreira, Manuel Santos Guerreiro.
5-     Base Aérea de Tancos (Instrução de pilotos para a guerra colonial) – 8-03-1971
Direcção de execução: Raimundo Narciso
Execução: Carlos Coutinho, Ângelo de Sousa, António João Eusébio
Apoio à acção: Ramiro Morgado
6-     Central de telecomunicações (1ª reunião altos comandos NATO em Portugal)  – 3-06-1971
Direcção de execução: Raimundo Narciso
Execução: Carlos Coutinho, António João Eusébio
Apoio à acção: Alberto Serra
Corte de torres da rede eléctrica primária (1ª reunião de altos comandos da NATO em Portugal)– 3-06-1971
7-     Em Sacavém
Direcção de execução: Raimundo Narciso
Execução: ‑Carlos Coutinho, António João Eusébio, Ramiro Morgado, Raimundo Narciso
8-     Em Belas
Direcção de execução: Francisco Miguel
Execução: ‑Francisco Miguel, Manuel Policarpo Guerreiro, Manuel dos Santos Guerreiro
9-     Assalto ao Paiol – 3-10-1971
Direcção de execução: Raimundo Narciso
Execução: ‑Manuel Guerreiro, Manuel Policarpo Guerreiro, Amado Ventura da Silva, Jorge Trigo de Sousa, Raimundo Narciso.
Apoio à acção: Francisco Miguel
10- Quartel da NATO em Oeiras (a inaugurar 2 dias depois pelo PR)– 30-10-1971
Direcção de execução: Raimundo Narciso
Execução: Manuel Santos Guerreiro, Manuel Policarpo Guerreiro.
Apoio à acção: Jorge Trigo de Sousa, Victor Almeida d’Eça
11- Material de guerra a embarcar no Muxima para a guerra colonial – 25-01-1972
Direcção de execução: Raimundo Narciso
Execução: Manuel Guerreiro, António Pedro Ferreira
Apoio à acção: António Pedro Ferreira
Sabotagem da rede eléctrica primária no dia da "Eleição" do PR – 10-08-1972
12- Porto
Direcção de execução: Jaime Serra
Execução: António João Eusébio, Manuel Policarpo Guerreiro, Jaime Serra
13- Coimbra
Direcção de execução: Raimundo Narciso/Ângelo de Sousa
Execução: Ângelo de Sousa, Manuel Santos Guerreiro, Constantino.
14- Lisboa – Alverca
Direcção de execução: Raimundo Narciso
Execução: Carlos Coutinho, Ramiro Morgado, Raimundo Narciso
Apoio: António Pedro Ferreira e Victor Almeida d’Eça
15 -  Lisboa – Belas
Direcção de execução: Francisco Miguel
Execução: Francisco Miguel, Amado Ventura da Silva, Mário Abrantes da Silva.
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Jaime Serra esteve ausente do Comando Central entre Setembro de 1971 e Maio de 1972, período em que, com Carlos Coutinho, Ângelo de Sousa e António João Eusébio, frequentou um curso militar, na União Soviética.

  ‑Todas as acções armadas tais como outras decisões importantes eram discutidas, planeadas e decididas, colectivamente, pelo Comando Central que reunia na casa (clandestina) de Raimundo e Maria Machado.

   ‑ A relação inclui apenas os elementos que participaram directamente nas acções, na sua execução ou no apoio à sua execução. Não faz menção aos que deram apoio noutros momentos como seja os reconhecimentos, a concepção, ou apoios de carácter técnico.
   ‑Por isso não inclui o Almendra e a sua mulher (clandestinos) nem José Augusto Brandão que participaram no reconhecimento de vários objectivos.

   ‑ Nesta descrição não aparecem dois membros da ARA que desenvolveram uma actividade permanente e muito importante, Maria Machado, minha mulher e Laura Serra, mulher de Jaime Serra. Participaram directamente em aspectos relevantes das acções armadas, na sua preparação, nos reconhecimentos, em trabalhos técnicos. Ainda que noutro plano, tiveram importante papel a Manuela, mulher de Francisco Presúncia, a «companheira» de Francisco Miguel e Fernanda Castro mulher de Ângelo de Sousa (na clandestinidade).

   ‑ Intervenção ou apoio aos respectivos companheiros ou maridos, em graus diferentes, tiveram também todas ou quase todas as mulheres dos principais operacionais e activistas, como por exemplo a Maria José Ferreira, a Antonieta Coutinho, a Margarida Correia.